#271 – Águas Históricas e Correções

águas históricas cervejeiras

A série mais aguardada do Brassagem Forte, dedicada à água na produção cervejeira, chegou ao seu terceiro episódio.

Dando continuidade aos temas anteriores, o básico sobre água (ep. #263) e os íons cervejeiros, pH e alcalinidade (ep. #267), este capítulo trata das águas históricas, influentes no desenvolvimento da indústria e de vários estilos, e as correções desse ingrediente fundamental.

Siga esse papo conosco até o episódio 275, com um programa especial de perguntas e respostas!

Com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis, Henrique Boaventura e Gabriela Lando, a Química Cervejeira, vão trazer tudo sobre as minúcias, os detalhes e os ajustes na composição da água para melhorar a sua cerveja.

A importância da água na produção de cervejas históricas

Por que estudar as águas históricas?

A água desempenhou um papel essencial na criação dos estilos clássicos de cerveja. Henrique e Gabriela explicam que, diferentemente de outros insumos como lúpulo e malte, que podem ser facilmente transportados, a água sempre foi um fator limitante. Até 95% da composição da cerveja é água, e transportar grandes volumes nunca foi viável historicamente.

E, além disso, nos séculos passados, não se investigava nem se preocupava com a composição da água. O que não levou cervejeiros do passado a investirem nas minúcias relativas a esse ingrediente.

Assim, as características da água local influenciaram diretamente o desenvolvimento de estilos específicos em determinadas regiões.

A geologia e os perfis de água

Os minerais presentes na água de uma região são consequência direta da geologia local. Águas subterrâneas, em especial, carregam íons das rochas e solos adjacentes, criando perfis únicos que influenciam o processo cervejeiro. No livro A Evolução da Cerveja em 50 Estilos, traduzido e editado por Gabriela Lando para a Editora Krater, são destacados três perfis principais:

  • Perfil rico em carbonato de cálcio: encontrado em Londres, Dublin e Munique, ideal para estilos escuros.
  • Perfil rico em sulfato de cálcio: característico de Burton-upon-Trent, proporciona o amargor típico das Pale Ales.
  • Perfil quase zerado de minerais: presente em Pilsen, na República Tcheca, permitindo que os ingredientes locais brilhem na Pilsner.

Estilos de cerveja e a influência da água local

A origem das Dry Stouts e a conexão com as Porters

A história das Dry Stouts está intrinsecamente conectada às Porters. O termo stout originalmente era um adjetivo em inglês, significando “forte”, e passou a denominar cervejas mais robustas. O primeiro registro das Porters data de 1760, mas já eram produzidas desde 1720 na região de Londres.

Um mito popular da época dizia que apenas as águas do rio Tâmisa poderiam produzir boas Porters. Embora exagerado, o mito tinha um fundo de verdade: as águas do sul da Inglaterra, ricas em carbonato de cálcio, eram ideais para cervejas escuras. Ao serem fervidas, tornavam-se mais macias, favorecendo a extração da cor dos maltes escuros.

Evolução das técnicas cervejeiras: o papel da água e do malte na qualidade das Porters e Stouts

A introdução do malte black, ou patent malt, no início do século XIX, revolucionou a produção de cervejas escuras. Com o uso do coque como combustível para a torrefação, o novo método trouxe uniformidade e novas possibilidades de sabor. A substituição do malte brown pelo malte black foi especialmente evidente na Guinness, que passou a usar apenas malte pale e black a partir de 1828, contribuindo para o perfil seco e torrado das Irish Stouts.

Recomendações técnicas para perfis de água cervejeira

Faixas recomendadas para estilos clássicos

Dry Stout:

  • Cálcio: 50-75 ppm
  • Sulfato: 50-150 ppm
  • Cloreto: 50-100 ppm
  • Alcalinidade: 80-150 ppm
  • Alcalinidade residual: 30-90 ppm

IPA (India Pale Ale):

  • Cálcio: 50-150 ppm
  • Sulfato: 100-300 ppm (podendo chegar a 400 ppm para West Coast IPAs)
  • Cloreto: 0-100 ppm
  • Alcalinidade: 40-120 ppm
  • Alcalinidade residual: -30 a 30 ppm (cervejas claras) e 0 a 60 ppm (Amber ou escuras)

Conclusão: a água como pilar da cerveja de qualidade

Ao longo do episódio, deste texto e, de modo geral, desta série, viemos explorando detalhadamente a importância da água na produção de cervejas e como o tratamento adequado pode transformar o resultado final. Desde o entendimento da composição inicial da água, passando pela remoção de componentes indesejáveis até a adição precisa de sais minerais, cada etapa requer conhecimento e precisão! ✅

O conhecimento aliado à prática resulta em cervejas que encantam o paladar e perpetuam a tradição cervejeira com excelência. Ao equilibrar os perfis minerais da água e dominar as técnicas de ajuste, os cervejeiros podem criar produtos que se destacam tanto pela complexidade sensorial quanto pela fidelidade aos estilos históricos, com seus respectivos parâmetros específicos.

#267 – Água: Íons Cervejeiros, pH e Alcalinidade

Água na Cervejaria: Como os Íons, pH e Alcalinidade Influenciam Sua Cerveja

A qualidade da água cervejeira é um dos fatores mais importantes na produção de cerveja artesanal e industrial. Você já se perguntou por que algumas cervejas têm um amargor mais seco e outras um dulçor mais equilibrado? A resposta está nos íons da água, no pH do mosto e na alcalinidade.

Com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis, ao lado de Gabriela Lando, a Química Cervejeira, você vai aprender tudo sobre ajustes na composição da água para melhorar a sua cerveja.

Se você quer elevar o nível da sua produção e entender os detalhes técnicos de como a química da água afeta o sabor e a fermentação, continue a leitura!

E se perdeu o primeiro episódio desta série sobre água, não deixe de conferi-lo também.

O Papel da Água na Produção de Cerveja

A água compõe mais de 90% da cerveja e, dependendo de sua composição, pode influenciar diretamente no sabor, no corpo e no aroma da bebida. Fatores como pH, alcalinidade e íons minerais afetam desde a conversão de açúcares na mosturação até a fermentação e a percepção sensorial da cerveja final.

Os 3 Fatores-Chave da Água Cervejeira:
  1. Íons essenciais: determinam a dureza da água e influenciam a fermentação e o sabor.
  2. pH do mosto: afeta a ação das enzimas e a eficiência da fermentação.
  3. Alcalinidade: mensura a resistência da água às variações de pH, impactando os ajustes necessários.

Vamos explorar cada um desses pontos com mais detalhes!

1. O Que São Íons e Como Influenciam a Cerveja?

Os íons são moléculas ou átomos carregados eletricamente, e o seu nível na composição mineral da água pode alterar o equilíbrio da sua cerveja.

Existem dois tipos principais de íons:

  • Íons funcionais → Participam diretamente da fermentação e produção da cerveja.
  • Íons sensoriais → Afetam o aroma, sabor e corpo da cerveja.
Principais Íons Funcionais na Água Cervejeira
  • Cálcio (Ca²⁺) → O íon mais importante para a cerveja. Ele ajuda a diminuir o pH da mostura, estabiliza enzimas e melhora a floculação da levedura. A faixa recomendada é de 50-150 ppm.
  • Magnésio (Mg²⁺) → Essencial para a saúde das leveduras, mas em excesso pode ter efeito laxativo. O ideal é manter entre 0-40 ppm.
  • Zinco (Zn²⁺) → Atua no metabolismo da levedura e melhora a fermentação. No entanto, acima de 1 ppm pode ser tóxico.
Principais Íons Sensoriais na Água
  • Sódio (Na⁺) → Acentua o dulçor e pode melhorar o corpo da cerveja, mas em excesso (> 150 ppm) pode torná-la salgada.
  • Cloreto (Cl⁻) → Realça o corpo e o dulçor da cerveja. Faixa ideal: 0-100 ppm.
  • Sulfato (SO₄²⁻) → Destaca o amargor do lúpulo, deixando a cerveja mais seca. Faixa recomendada: 0-250 ppm.

Importante: O equilíbrio entre sulfato e cloreto define se a cerveja será mais amarga ou maltada.

2. pH: O Segredo para uma Mosturação Eficiente

O pH da mostura tem um impacto direto na eficiência enzimática e na fermentação. A faixa ideal para a mosturação está entre 5,2 e 5,6.

  • pH baixo (ácido) → Favorece a conversão de açúcares e melhora a estabilidade da cerveja.
  • pH alto (básico) → Pode reduzir a atividade enzimática e deixar a cerveja com sabor adstringente.
Como Ajustar o pH da Mostura?
  • Ácidos → Adição de ácido lático ou ácido fosfórico para reduzir o pH.
  • Sais → O cálcio ajuda a reduzir o pH naturalmente durante a mosturação.
  • Malte Acidificado → Reduz o pH sem alterar significativamente o sabor da cerveja.

Dica prática: Evite usar regras lineares para ajustar o pH (exemplo: “1 ml de ácido reduz 0,5 do pH”), pois a escala de pH é logarítmica, o que significa que a relação entre ácido e ajuste de pH não é direta!

3. Alcalinidade: O Impacto na Correção de Água

A alcalinidade da água indica sua resistência à variação do pH. Quanto maior a alcalinidade, mais difícil será reduzir o pH da mosturação.

Como Controlar a Alcalinidade?

✅Para reduzir a alcalinidade, utilize ácidos (como ácido lático) ou aumente o cálcio na água.
✅ Ferver a água pode precipitar carbonatos e reduzir a alcalinidade.
✅ Utilize água com baixa alcalinidade para cervejas mais leves e claras.

4. Relação Sulfato-Cloreto: Como Ajustar o Equilíbrio da Cerveja?

A proporção entre sulfato e cloreto determina o perfil da cerveja:

  • 0,8 – 1,5 → Cerveja equilibrada entre malte e lúpulo.
  • < 0,8 → Cerveja mais maltada e adocicada.
  • > 1,5 → Cerveja mais amarga e seca.

➡ Para cervejas mais lupuladas, aumente o sulfato.
➡ Para cervejas mais maltadas, aumente o cloreto.

5. Como Remover Cloro da Água?

O cloro residual na água pode formar clorofenóis, que dão à cerveja um sabor medicinal ou plástico. Para evitar esse problema:

✅ Use um filtro de carvão ativado.
✅ Adicione ácido ascórbico para neutralizar o cloro.
Ferva a água por 15 minutos para volatilizar o cloro.

Atenção: Não confunda cloreto (Cl⁻), que pode ser benéfico, com cloro livre (Cl₂), que deve ser removido.

Conclusão: Como Melhorar Sua Cerveja com Ajustes na Água?

Teste sua água → Entenda sua composição antes de fazer ajustes.
Ajuste o pH da mostura → Idealmente entre 5,2 e 5,6.
Mantenha um equilíbrio entre sulfato e cloreto → Evite excessos.
Remova o cloro → Use filtros ou fervura para evitar sabores indesejáveis.

Com esse conhecimento, você pode otimizar sua água cervejeira e melhorar a qualidade das suas cervejas. Faça ajustes estratégicos e experimente diferentes perfis para encontrar o equilíbrio perfeito para cada estilo!

#263 – Água: O Básico

A Importância da água na produção de cerveja

A água é um dos ingredientes mais essenciais na produção de cerveja, mas muitas vezes é negligenciada por cervejeiros caseiros e até mesmo por algumas cervejarias. Com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis, e juntamente com o Gabriela Lando, a Química Cervejeira, abordaremos a relevância da água no processo cervejeiro, seus componentes químicos, impacto histórico e as práticas recomendadas para um melhor controle desse recurso fundamental.

Uma série especial sobre água cervejeira

Este é o início de uma série especial dedicada exclusivamente à água. Ao longo de quatro episódios, discutiremos diferentes aspectos desse tema:

  1. Introdução à Água Cervejeira – Visão geral sobre a água e sua influência na produção de cerveja.
  2. Química da Água – Um aprofundamento em íons, pH e alcalinidade.
  3. Perfis Históricos de Água – Como ajustar a água para replicar estilos clássicos de cerveja.
  4. Sessão de Perguntas e Respostas – Um espaço para esclarecer todas as dúvidas.

Para dar início à discussão, contamos com a participação de Gabriela Lando, também conhecida como “A Química Cervejeira”. Gabriela é ex-editora da Krater e foi responsável pela tradução do livro “Água” de John Palmer e Colin Kaminski. Além disso, atua como consultora em água cervejeira, ministra cursos e é juíza BJCP.

Por que a água é subestimada na produção de cerveja?

Apesar de compor entre 90% e 95% da cerveja, a água frequentemente fica em segundo plano quando comparada a outros ingredientes como malte, lúpulo e levedura. Os cervejeiros caseiros costumam se preocupar mais com controle de temperatura, armazenamento de insumos e até mesmo técnicas de moagem de malte, mas raramente dão a devida atenção à qualidade e composição da água utilizada.

Diferentemente de outros ingredientes, que podem ser substituídos ou ajustados (como o uso de outros grãos no lugar do malte ou ervas substituindo o lúpulo), a água é insubstituível. Não há como fazer cerveja sem água, e sua composição química pode afetar significativamente o sabor e a qualidade final da bebida.

O impacto ambiental da produção decCerveja

Nos últimos anos, a discussão sobre o impacto ambiental da produção de cerveja tem ganhado destaque. Um dos principais indicadores desse impacto é a pegada hídrica, que mede a quantidade de água utilizada em todas as etapas de produção. Estudos indicam que a produção de um único litro de cerveja pode consumir até 300 litros de água, considerando desde o cultivo da cevada até a produção final.

Estimativas mostram que 90% do consumo total de água na produção de cerveja vem da agricultura, demonstrando a importância do manejo eficiente da água desde a lavoura até a produção final. No passado, dentro das cervejarias, o consumo era em torno de 5 a 6 litros de água para cada litro de cerveja produzida. Com avanços tecnológicos, esse número foi reduzido. Empresas como Ambev e Asahi conseguiram otimizar seus processos, reduzindo a relação para 2,64 e 2,82 litros de água por litro de cerveja, respectivamente.

O uso da água na produção cervejeira

A água é usada não apenas na produção direta da cerveja, mas também em diversas outras etapas do processo industrial, como limpeza, resfriamento e caldeiras. Muitas dessas utilizações não são contabilizadas corretamente, resultando em desperdício. Algumas cervejarias estão implementando tecnologias para reutilizar água, reduzindo o impacto ambiental.

Nos Estados Unidos, algumas cervejarias como a Treehouse enfrentaram problemas legais por descarte inadequado de efluentes. Para solucionar isso, adotaram sistemas modernos de tratamento, gerando biogás e reutilizando a água tratada para outros processos. No Brasil, iniciativas como a da Masterpiece, que utiliza água da chuva e trata seus efluentes, são exemplos a serem seguidos.

O que os cervejeiros caseiros podem fazer?

Cervejeiros caseiros também podem adotar medidas para reduzir o desperdício de água, como reutilizar a água do resfriamento e evitar despejo de produtos químicos agressivos. Neutralizar detergentes alcalinos antes de despejá-los no esgoto e separar sólidos orgânicos para descarte adequado são boas práticas para minimizar impactos ambientais.

Tipos de água e suas características

A água não é um elemento uniforme; sua composição pode variar de acordo com sua origem e interação com o meio ambiente. Podemos classificar a água em três principais categorias:

  1. Água de Precipitação – Proveniente de chuva e neve, essa água passa por um ciclo de evaporação e condensação. Durante sua precipitação, pode absorver poluentes atmosféricos, como CO2 e enxofre, levando à formação de chuvas ácidas em regiões industrializadas.
  2. Água de Superfície – Inclui rios, lagos e reservatórios. Essa água está mais sujeita à contaminação por matéria orgânica e poluentes agrícolas e industriais. Em geral, tem um baixo teor de minerais dissolvidos devido à sua interação limitada com rochas e solos.
  3. Água Subterrânea – Captada de poços e aquíferos, essa água passa por um processo natural de filtração pelo solo, reduzindo sua carga orgânica, mas aumentando a concentração de minerais dissolvidos. Regiões com formações rochosas específicas podem fornecer águas com altos teores de cálcio, magnésio e outros elementos.

A influência da composição da água na cerveja

A composição mineral da água tem um impacto direto no sabor e na qualidade da cerveja. Por exemplo:

  • Água mole, com baixo teor mineral, é ideal para estilos como Pilsner.
  • Água dura, rica em minerais como cálcio e magnésio, é apropriada para estilos como Stout e Porter.

No Brasil, a maior parte da água utilizada para abastecimento é de superfície, captada de lagos e rios. Algumas cidades estão migrando para a utilização de poços artesianos, o que pode modificar a composição da água ao longo do tempo. Diferentes poços dentro da mesma região podem ter variações significativas na composição mineral da água, afetando tanto o sabor da cerveja quanto processos como filtração e fervura.

Para avaliar a composição da água, cervejarias e cervejeiros caseiros podem recorrer a análises laboratoriais ou a métodos simples, como ferver a água e observar a formação de sedimentos minerais.

Composição química da água

A composição química da água tem um impacto direto na qualidade da cerveja. Um dos elementos cruciais é a presença de metais e minerais que podem alterar seu sabor e estabilidade. O manganês, por exemplo, pode favorecer a oxidação da cerveja, afetando sua cor e sabor.

Para os cervejeiros, um dos maiores desafios é a variabilidade da água ao longo do tempo, principalmente em regiões onde a fonte de captação muda frequentemente. Isso pode levar a inconsistências nas receitas se não houver um controle rigoroso da composição mineral.

A estrutura molecular da água

Quimicamente, a água é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). No entanto, sua geometria molecular tem propriedades anômalas que impactam diretamente suas funções no meio cervejeiro.

A molécula de água possui um formato angular com um ângulo de 104,5° entre os hidrogênios. Essa pequena diferença estrutural, em comparação com outras moléculas similares, resulta em características únicas, como:

  • Expansão ao congelar – O gelo tem menor densidade que a água líquida, permitindo que ele flutue.
  • Alta capacidade de dissolução – A água pode dissolver uma grande variedade de substâncias, tornando-se um solvente essencial no processo cervejeiro.

Elétrons, átomos e íons na água

A água não é quimicamente inerte. Ela interage constantemente com outras substâncias, formando íons positivos e negativos. Os íons são criados quando uma molécula perde ou ganha elétrons:

  • Cátions (+) – São átomos que perderam elétrons, como o cálcio (Ca²⁺) e o magnésio (Mg²⁺), fundamentais para a dureza da água.
  • Ânions (-) – São átomos que ganharam elétrons, como o sulfato (SO₄²⁻) e o cloreto (Cl⁻), que influenciam o perfil sensorial da cerveja.

No meio cervejeiro, o conhecimento desses íons é essencial para o ajuste da água conforme o estilo desejado. O balanço entre sulfatos e cloretos, por exemplo, pode impactar na percepção de amargor ou dulçor da cerveja.

Considerações finais

Este episódio serviu como uma introdução ao complexo mundo da água na cerveja. Nos próximos capítulos, abordaremos a influência específica dos principais íons cervejeiros, como manipulá-los e ajustá-los para melhorar a qualidade da sua cerveja. Fique ligado nos próximos episódios para aprofundar ainda mais seus conhecimentos sobre o tema!