#299 – Brassando com Estilo: Best Bitter

Brassando com Estilo

A introdução de um estilo histórico

Este episódio da série Brassando com Estilo reúne Henrique Boaventura e João Kolling, cervejeiro brasileiro radicado na Escandinávia, para uma conversa profunda sobre um dos estilos ingleses mais tradicionais e ao mesmo tempo desafiadores de se reproduzir: Best Bitter.

Kolling, profissional desde 2013 e com passagens por cervejarias como Seasons, Dogma e a sueca Good Guys Brew, atualmente comanda a produção da Scouse Kjelleren em Oslo, Noruega. Além de elaborar receitas para mais de 14 bares e restaurantes, ele mantém viva a tradição do serviço em cask ale, prática que exige conhecimento técnico e respeito às raízes da cultura britânica da cerveja.

“A vida era mais simples, né? Era abrir a torneira, servir três palmos de espuma e deixar a cerveja se formar sem gaseificação”, comenta Boaventura, refletindo sobre a essência das ales inglesas.

No bar em que atua, Kolling serve regularmente a Oslo Best Bitter (OBB), uma cerveja de linha que mantém viva a tradição das Bitters, tanto na receita quanto na apresentação: clarificação perfeita, baixa carbonatação e serviço no cask com beer engine — a bomba manual que puxa a cerveja diretamente do barril sem o uso de CO₂.

Não perca esse episódio, que conta com a parceria da Hops Company, da Levteck, da EZbrew e da Cerveja Stannis.

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#298 – Dia de Julgamento: Belgian Blond Ale & Mixed-Style Beer

Dia de Julgamento #2 - Brassagem Forte

Dia de Julgamento #2 – Belgian Pale Ale e Mixed-style Beer

Introdução

Neste episódio da série “Dia de Julgamento”, do Brassagem Forte, Henrique Boaventura convida dois juízes BJCP — Oscar Freitas, presidente da Acerva Brasil, e Faustus, cervejeiro caseiro e ouvinte de longa data do Brassagem Forte — para uma experiência de avaliação completa de duas cervejas produzidas pelo próprio Faustus: uma Belgian Pale Ale e uma Mixed Style Beer baseada em German Pils, feita com lúpulos brasileiros.

O programa, inspirado no formato do Dr. Homebrew da Brewing Network, mostra em detalhes como juízes BJCP conduzem uma análise técnica, atribuem notas e discutem processos e percepções sensoriais com o próprio autor da cerveja.

Confira essa avaliação de altíssimo nível, em mais um episódio com a parceria da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis.

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#297 – A Hora Ácida #9: Por que não é possível produzir lambic no Brasil?

Brassagem Forte - lambic

Introdução: espontânea não é “selvagem” — e Lambic não é estilo genérico

Neste episódio da série A Hora Ácida, Henrique Boaventura conversa com Diego Simão (Cervejaria e Sidreria Cozalinda) e responde, de forma técnica: por que Lambic não se produz no Brasil. O núcleo está no terroir — conjunto de fatores ambientais, biológicos, materiais e culturais impossível de replicar fora de origem.

Também se alinham os conceitos: fermentação espontânea (mínima intervenção com inoculação ambiental), fermentação mista (culturas selecionadas +/- ambiente) e o guarda-chuva “selvagem” (microrganismos não-industriais). Lambic pertence à espontânea tradicional de Bruxelas/Pajottenland, com método e denominação específicos.

É mais um papo que conta com a parceria da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis.

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#294 – Acid Shock em Cervejas Ácidas Complexas: guia completo de refermentação e adaptação de levedura

Acid Shock

Neste episódio do Brassagem Forte, Henrique Boaventura recebe Diego Simão para um novo e instigante papo sobre cervejas ácidas complexas, mais especificamente sobre o procedimento conhecido como Acid Shock.

É mais um capítulo que conta com a parceria da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis.

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#292 – Reaproveitamento de Lúpulo de Dry Hopping

O dry hopping (DH) é uma técnica amplamente utilizada para intensificar o aroma das cervejas lupuladas, mas que inevitavelmente gera um subproduto: grandes quantidades de lúpulo saturado de cerveja, descartado após a infusão. A pesquisa de Duan Ceola, apresentada em sua dissertação de mestrado, investigou justamente como reaproveitar esse lúpulo e quais aplicações práticas poderiam surgir desse processo — tanto para a indústria cervejeira quanto para outros setores.

Não perca mais esse papo, que conta com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis

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#292 – Brassando com Estilo: Mixed-Fermentation Sour Beer

O universo das cervejas ácidas e complexas sempre desperta curiosidade entre cervejeiros caseiros e profissionais. Neste episódio do Brassagem Forte, Henrique Boaventura recebe novamente Ingrid Matos, cervejeira premiada e especialista em estilos Sour, para discutir em profundidade a categoria Mixed-Fermentation Sour Beer segundo o BJCP 2021.

Esse papo, que conta com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis, traz desde definições e parâmetros técnicos até debates sobre bases ideais, uso de microrganismos, madeiras e blendagens.

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#291 – Eu faço cerveja: Guilherme Zaniol

De Caxias à Flórida: a jornada de Guilherme Zaniol no homebrewing e na cerveja artesanal

Neste episódio do Brassagem Forte, Henrique Boaventura conversa com Guilherme Zaniol, cervejeiro caseiro desde 2010. Zaniol compartilha sua trajetória no homebrewing, desde os primeiros passos em Caxias do Sul até seu retorno à produção nos Estados Unidos, analisando insumos, equipamentos, custos e diferenças culturais entre Brasil e EUA.

Mais um papo incrível que conta com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis.

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#289 – A Hora Ácida: infusão de sementes e folhas em cervejas ácidas

#289 - A Hora Ácida: infusão de sementes e folha em cervejas ácidas

Infusão de sementes e folhas em cervejas ácidas: técnicas, riscos e possibilidades

Cervejas ácidas complexas e o papel das infusões artesanais

Cervejas ácidas complexas representam um dos campos mais criativos da cerveja artesanal. Neste episódio do Brassagem Forte, dando continuidade à série A Hora Ácida, Henrique Boaventura e Diego Simão, cervejeiro da Cozalinda, discutem técnica e sensorial no uso de infusões de sementes e folhas — um recurso que amplia o perfil aromático das cervejas sem mascarar sua base.

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#284 – Nacional das Acervas 2025 e associativismo

Nacional das Acervas

Concurso Nacional das Acervas 2025: resultados, tendências e inclusão na cerveja caseira

O Concurso Nacional das Acervas 2025 foi mais que uma competição: foi um grande encontro de cervejeiros e cervejeiras caseiras de todo o Brasil. Organizado pela Acerva Paulista e promovido em São Paulo durante o feriado de Corpus Christi, o evento reuniu 600 amostras de cerveja e contou com diversas atividades técnicas, culturais e sociais.

Com a parceria da Lamas Brewshop, da Hops Company, da Levteck e da Cerveja Stannis, aqui reunimos os principais pontos discutidos no episódio 284 do Brassagem Forte, com Henrique Boaventura, Ludmyla Almeida e Oscar Freitas Júnior, presidente da Acerva Brasil.

O que é o Nacional das Acervas?

Mais que um concurso, um ecossistema cervejeiro

O evento é o maior encontro técnico e cultural entre as acervas estaduais. Vai muito além da competição: inclui congressos técnicos, passeios, Beer Bus, brassagens coletivas e experiências com foco em comunidade.

Números da edição 2025

  • 600 amostras inscritas (limite máximo)
  • Mais de 2.300 garrafas analisadas
  • Evento sediado na Academia da Cerveja, em São Paulo
  • Participação de todas as regiões do Brasil

Acervas com maior participação:

  • Paulista: 250
  • Paranaense: 121
  • Gaúcha: 55
  • Catarinense: 49
  • Mineira: 41

As melhores cervejas do Brasil em 2025

Top 3 geral:
  1. New Zealand Pilsner (ouro)
  2. Belgian IPA (prata)
  3. German Pils (bronze)

O resultado mostra um amadurecimento do perfil técnico das produções caseiras e uma tendência de retorno aos estilos clássicos, leves e bem executados.

Desempenho por aproveitamento de medalhas
  • Cearense: 25%
  • Paranaense: 20%
  • Catarinense: 18%
  • Paulista: 14%

Tendência: menos IPA, mais sutileza

Participantes e jurados observaram uma queda na presença de IPAs e um aumento no envio de estilos como Belgian Single, German Pils e outros mais delicados. A cena cervejeira caseira parece mais madura e interessada em qualidade e equilíbrio.

O associativismo em alta

A Acerva Brasil e suas representantes regionais estão se reinventando. Com foco em inclusão de não-produtores, incentivo a encontros presenciais e ações para ampliar a diversidade, o associativismo cervejeiro ressurge como peça-chave para manter vivo o hobby.

Inclusão e representatividade: desafios e caminhos

O evento de 2025 trouxe importantes discussões sobre inclusão. Algumas medidas destacadas:

  • Paridade de gênero nas mesas de jurados
  • Acessibilidade em todos os eventos
  • Ideias para descontos em inscrições para mulheres e pessoas negras
  • Ações afirmativas como workshops em bairros periféricos

Reativando a cultura do encontro

A pandemia interrompeu encontros presenciais e esvaziou parte do movimento associativo. Para retomar, é preciso incentivo coletivo e apoio dos bares e cervejarias. O exemplo de Acervas que estão promovendo encontros abertos mostra que é possível reacender a chama do coletivo.

Conclusão: cerveja se faz junto

O Nacional das Acervas 2025 foi mais do que números. Foi uma reafirmação do prazer em fazer, beber e compartilhar cerveja. Representou a maturidade técnica de quem brassou, a evolução do associativismo e o potencial transformador da inclusão no universo cervejeiro. Se o futuro da cerveja caseira for coletivo, técnico e diverso, ele será mais forte – e mais saboroso.